quarta-feira, outubro 22, 2008

Quixadá só entrará em operação em setembro

Deverão iniciar em setembro as operações da usina de biodiesel da Petrobras em Quixadá, a ser inaugurada hoje pelo presidente Lula da Silva. A planta cearense é considerada a mais moderna do País, juntamente com a já lançada em Candeias (BA) e a que será inaugurada em Montes Claros (MG), todas com capacidade de produção de 57 mil litros de biodiesel por ano.

Desta produção, 30% será destinado ao consumo do Ceará e o restante passará para outros estados do Nordeste. Segundo o presidente da Petrobras Biocombustível, Alan Kardec, foram investidos aproximadamente R$ 100 milhões na construção da usina, empregando, no pico da obra, 1.048 empregos diretos, sendo 814 deles ocupados por cearenses.

Produção

A usina, inicialmente, operará em fase de teste, passando a pleno vapor após seis meses. Entretanto, não existe, hoje, produção suficiente no Estado para suprir essa necessidade, como foi destacado na edição de ontem do Diário do Nordeste. Atualmente, existem 8.522 agricultores que cultivam mamona e girassol em 161 municípios cearenses cadastrados para fornecer matéria-prima. Além destes, outros 759 do Rio Grande do Norte. Para Kardec, contudo, esses números tendem a crescer. ´Para a obtenção e manutenção do Selo Combustível Social, nós temos que buscar 50% de matéria-prima oriunda ma agricultura familiar, de maneira sustentável´.

´O empreendimento contribui para a redução do aquecimento global, gera emprego e renda no Ceará e é uma nova oportunidade comercial para a Petrobras´, afirma Kardec. Segundo ele, a Petrobras é parceira de ambos os estados na garantia de incentivos no fornecimento de sementes, matérias-primas e assistência técnica. ´O agricultor sabe que ao plantar, ele terá a garantia da compra de seu produto, tem a garantia de mercado´, afirma.

A usina de Quixadá terá capacidade para processar todas as variedades possíveis de produção do biodiesel, incluindo até o óleo de cozinha, que poderá ser reaproveitado. A planta cearense irá focar sua produção na utilização de mamona, girassol e soja. A Petrobras pretende, entretanto, utilizar uma mistura de até 30% de óleo de mamona como matéria-prima, atendendo determinações da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Essa mistura de mamona, segundo a Petrobras informou em nota anteriormente, ´melhora a qualidade do biodiesel produzido, enquadrando-o na norma européia e viabilizando sua exportação para regiões frias da Europa´.

Kardec informa que está sendo feito um esforço para que a matéria-prima seja retirada do Ceará, mas, se não for possível, será trazida de outros estados. ´Não há risco de desabastecimento da usina´, garante.

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