quarta-feira, outubro 22, 2008

A ADM vai duplicar a capacidade de produção da usina em Rondonópolis

A Archer Daniels Midland Company, a ADM, vai duplicar a capacidade de produção da usina de biocombustível instalada em Rondonópolis/MT. Com isso, a produção vai saltar dos atuais 500 mil litros (l) por dia para 1 milhão de l/dia. A previsão é que a ampliação comece a ser executada no próximo ano, possivelmente ainda no primeiro semestre. O projeto de aumentar a produção surge menos de um ano depois que a indústria iniciou oficialmente a fabricação do combustível vegetal na cidade. As informações são do secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Elio Rasia.

Atualmente, a ADM esmaga em Rondonópolis (210 quilômetro ao sul de Cuiabá) 6,5 mil toneladas (t) de soja por dia, volume que pode chegar a 8,5 mil t/dia no próximo ano com a ampliação do parque fabril. Segundo Rasia, com a soja beneficiada hoje na unidade são produzidas 1,250 mil t de óleo, que geram diariamente como produto final 500 mil litros de biodiesel. Outras 750 t de óleo sobram para serem refinadas e vendidas como óleo comestível ou sob a forma de óleo bruto, sem refinar.

Rasia explica que caso a multinacional quisesse direcionar todo o óleo para a produção de biocombustível, teria capacidade de fazer isso sem precisar ampliar o volume de esmagamento de soja. Isso não acontece porque a empresa ainda mantém a produção de óleo de soja refinado e bruto na fábrica.

De acordo com o secretário, a ADM ainda não concluiu o projeto de ampliação, por isso ainda não se sabe quanto será investido para viabilizar a duplicação da produção nem quantos novos empregos serão gerados. Atualmente, só na usina que biocombustível, que funciona anexo à fábrica de esmagamento de soja, são empregados diretamente cerca de 100 funcionários. Em todas as unidades de produção, a multinacional gera cerca de 500 empregos diretos e outros 400 indiretos na cidade.

A usina entrou em atividade, em fase de teste, no fim do ano passado. Segundo Rasia, a produção em escala começou somente em fevereiro deste ano. A multinacional investiu US$ 35 milhões para colocar a usina em funcionamento e se antecipar ao aumento na demanda de biocombustível no país, que será gerada em função da obrigatoriedade de adição de biodiesel ao óleo diesel. Hoje, a mistura é de 2%. A partir de 2010, o óleo diesel deverá ser acrescido de 5% de combustível vegetal.

A ADM foi procurada, por meio da assessoria de imprensa, mas até o fechamento desta edição nenhuma informação sobre o projeto foi passada.

Fonte:

Fotografia: Evilázio Alves/Dr

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