quinta-feira, outubro 30, 2008

Estudo defende largar combustível fóssil

30/10/08 - O mundo poderia eliminar o uso do combustível fóssil até 2090, desembolsando trilhões de dólares numa revolução de energia renovável, disseram o Conselho Europeu de Energia Renovável (CEER) e o grupo ambiental Greenpeace. O estudo de 210 páginas é um dos poucos relatórios, mesmo de grupos de lobby, a examinar detalhadamente como o uso da energia deverá ser reformulado para atender aos cenários mais difíceis relacionados ao efeito estufa.

"A energia renovável poderá prover todas as necessidades de energia até 2090", de acordo com o estudo, intitulado "(R)evolução Energética". O CEER representa os setores de energia renovável e associações de comércio e de pesquisa na Europa. Um cenário mais radical poderia eliminar o uso do carvão até 2050, se novas usinas de geração de energia mudassem rapidamente para formas de energia renováveis. Energia solar, biomassa, como os biocombustíveis ou madeira, energia geotérmica e eólica poderiam se tornar as principais formas de energia até 2090.

Os investimentos necessários em energia até 2030, principal período estudado, somariam US$ 14,7 trilhões, de acordo com o estudo. Em contraste, a Agencia Internacional de Energia prevê investimentos em energia de apenas US$ 11,3 trilhões até 2030, com uma pressão maior sobre combustíveis fósseis e energia nuclear. Rajendra Pachauri, chefe do Painel do Clima da ONU, que dividiu o Prêmio Nobel da Paz com o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore, chamou o estudo de "abrangente e rigoroso".

"Mesmo aqueles que podem não concordar com a análise apresentada poderiam, talvez, se beneficiar de um estudo profundo das premissas básicas", disse.

Fonte:

Da Agência

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