sábado, maio 17, 2008

Shell investe em biocombustível de Alga

Nem cana, muito menos milho ou óleo de cozinha, a última novidade divulgada em relação a produção de biodiesel é o processo a partir de algas marinhas. A iniciativa é da empresa anglo-holandesa Shell que anunciou no final do ano de 2007, a parceria com a americana HR Biopetroleum para a construção de uma usina piloto para produção experimental.

O empreendimento, batizado de Cellana, será erguido na ilha americana do Havaí, sede da HR Biopetroleum. A Shell, no entanto, terá a maioria acionária.

Segundo o comunicado das companhias, a escolha pelas algas se deve pelo fato delas crescerem rapidamente, além de serem ricas em óleo vegetal e poderem ser cultivadas em tanques com água do mar, minimizando o uso de terra fértil e água doce. O comunicado explica ainda que assim que forem recolhidas, as algas serão tratadas para a extração de óleo, que em seguida será transformado em biocombustível.

O projeto contará com a contribuição de um programa de pesquisa acadêmica, que examinará espécies de microalgas naturais para determinar quais produzem maior rendimento e mais óleo vegetal. Participam do programa cientistas das Universidades do Havaí, Southern Mississippi e Dalhousie, em Nova Escócia, Canadá.

É importante destacar que a Shell entrou no mercado de biocombustível no país em 2006, no projeto da mistura de 2% de biodiesel (B100) no diesel que se tornou obrigatório neste ano. A partir daí, a empresa se envolveu em outros projetos neste segmento como a parceria com a Viação Real para o teste de uso do biodiesel no Rio de Janeiro. A iniciativa faz parte do programa Riobiodiesel, que colocou em circulação o primeiro ônibus urbano movido a biodiesel do Brasil.


Por Beatriz Silva beatriz.s@nicomexnoticias.com.br


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