Um projeto que contempla o transporte coletivo sustentável dentro das cidades, é o ônibus a hidrogênio, desenvolvido pelo Laboratório de Hidrogênio da COPPE UFRJ, em parceria com a Petrobras e a Finep . Com 12 m de comprimento - tamanho de um ônibus urbano convencional - o veículo poderá transportar 80 passageiros.
Projetado para ter autonomia de 300km, utilizando somente a energia de pilha a combustível alimentada a hidrogênio, o ônibus não emite gases poluentes e tem como único resíduo a emissão de vapor d’água. A água derivada da reação eletroquímica é tão pura que pode até ser usada para consumo.
Mas o grande diferencial desse ônibus é a sua tecnologia, desenvolvida inteiramente por pesquisadores brasileiros. "Em outros veículos já existentes no mundo, a pilha de hidrogênio, por meio de uma reação eletroquímica, gera energia elétrica diretamente para o motor. Mas, no nosso caso, criamos também um banco de baterias, que pode ser alimentado por outras duas vias: por conexão a uma rede elétrica externa e, ainda, com a regeneração de energia cinética em energia elétrica, ou seja, o próprio movimento do veículo é aproveitado como fonte de energia", explica o pesquisador Paulo Emílio Valadão de Miranda, coordenador do projeto.
O ônibus híbrido da COPPE também tem outros segredos: como o banco de baterias é grande, a quantidade de hidrogênio necessária para alimentar o motor é menor. "Hoje, já há veículos que utilizam a tecnologia mista, mas o nosso manejo da energia dentro do veículo é inovador", diz Miranda.
O design, com base em princípios da ergonomia, inclui, ainda, uma via especial de acesso a portadores de deficiência física, com espaço destinado a abrigar cadeiras de rodas alinhadas aos demais assentos. O projeto prevê que o veículo circule inicialmente na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão e, a partir de 2009, passe a trafegar por uma rota convencional, transportando passageiros pelas ruas do Rio de Janeiro. Boas idéias, que o carioca torce para ver, logo, circulando por aí.
Com o projeto o Brasil passa a integrar o reduzido número de países que trabalha para viabilizar o uso deste tipo de energia limpa. “Trata-se de um veículo do futuro, que responde aos anseios de uma sociedade sustentável. Não é poluente, gera pouco ruído e não dissipa gases que provocam o efeito estufa”, conclui o coordenador do projeto.
sexta-feira, maio 16, 2008
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