quarta-feira, novembro 12, 2008

Brasil pode se consolidar como líder no setor de Biocombustíveis

O crescente interesse mundial pelo uso de biocombustíveis, seja por pressões ambientais, pela segurança energética ou para gerar renda no setor agrícola, aliado à perspectiva de crescimento da frota de automóveis nos países em desenvolvimento, são oportunidades para o mercado do etanol brasileiro. A avaliação é do diretor-executivo da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Eduardo Leão de Sousa.

"O cenário econômico mundial oferece uma oportunidade ímpar para o país se consolidar como um líder global na política de combustíveis", disse Souza ao participar hoje de um evento do Tribunal de Contas da União sobre a matriz energética brasileira.

O diretor da entidade lembrou que há perspectivas de exportações do etanol brasileiro, tanto para os Estados Unidos como para a União Européia. Segundo ele, a revisão das barreiras tarifárias impostas pelos norte-americanos já começou a ser discutida e a União Européia já pensa em estabelecer proporções de biocombustíveis a serem misturados no combustível vendido aos consumidores.

Souza destacou a necessidade de um planejamento estratégico da matriz brasileira de combustíveis, com uma clara diretriz sobre a participação do etanol. "Este é um momento extremamente importante para evitarmos políticas que não sinalizam claramente como o governo enxerga sua matriz nos próximos anos", afirmou.

Para ele, a política de combustíveis do país deve atender às expectativas dos diversos agentes diretamente envolvidos, como produtores, montadoras de veículos e consumidores. "Esse é o grande desafio que deve ser enfrentado o mais cedo possível para assegurarmos uma matriz energética mais diversificada, com menor dependência do petróleo e crescente participação de renováveis", avaliou.

Para o superintendente de planejamento e pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Florisval Rodrigues de Carvalho, que também participou do encontro, o principal desafio do setor energético é definir as fontes de financiamento da exploração do petróleo da camada pré-sal, diante do cenário econômico atual. Ele também lembrou que há limitações técnicas para a perfuração dos poços já encontrados, além de dúvidas quanto à existência de hidrocarbonetos em condições de alta pressão e temperatura.

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