sexta-feira, março 27, 2009

Clérigo muçulmano diz que biocombustível é pecado

A produção e utilização de biocombustíveis poderão ser restringidas em comunidades muçulmanas depois que um estudioso do Islã conclamou grupos religiosos a estudar se os biocombustíveis violam a proibição ao álcool prevista pelo islamismo.

Em declaração ao jornal saudita Shams, o sheik Mohamed al-Najimi, da Academia Saudita de Jurisprudência Islâmica, disse que o profeta Maomé proibiu qualquer tipo de uso do álcool, o que incluiria compra, venda, transporte, consumo, provimento e produção.

O biodiesel produzido através do metanol estaria liberado segundo a interpretação do religioso. No entanto o clérigo não fez referência alguma ao biodiesel produzido pela rota etílica. Já o etanol combustível é derivado do álcool etílico, que segundo al-Najimi se encaixaria na categoria proibida. No processo de produção do etanol, o açúcar ou amido de origem vegetal é convertido em álcool etílico através de processo de fermentação com levedura.

Os biocombustíveis “são, basicamente, compostos de álcool”, afirmou ele.

Al-Najimi disse que sua opinião sobre os biocombustíveis não deve ser encarada como uma fatwa (interpretação religiosa com caráter legal no Islã), mas deve estimular os líderes islâmicos a estudarem a questão.

Ele acha também que uma proibição aos biocombustíveis deve se estender além de países predominantemente muçulmanos para abranger os jovens sauditas e muçulmanos que estudam no exterior e utilizam veículos movidos a biocombustível. Vários países do Ocidente e do Oriente estabeleceram o uso obrigatório de misturas de biocombustível, em porcentagens crescentes, na gasolina e no óleo diesel.

Fonte: Cleantech

2 comentários:

Anônimo disse...

iSSO É UMA INSANIDADE RELIGIOSA

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

Não sou muçulmano, mas até onde eu saiba a única proibição expressa ao consumo de álcool por parte dos muçulmanos se referia ao vinho. Os sauditas costumam seguir uma interpretação mais linha-dura do islamismo, além de ter a questão de quererem manter uma reserva de mercado para desovar gasolina no exterior.