sexta-feira, setembro 05, 2008

EDP afirma que plano de biomassa depende de parceiro

04/09/08 - Com o objetivo de esclarecer informações veiculadas na imprensa, a Energias do Brasil (EDP) informou que possui um projeto em desenvolvimento para instalar até 100 MW de geração de energia elétrica com base em biomassa, que só poderá ser implementado em conjunto com um parceiro estratégico para a área de etanol.

No desenho inicial do projeto está prevista uma participação residual da EDP na destilaria de forma a lhe conferir algum controle sobre o suprimento do bagaço de cana de açúcar para servir à central elétrica.

Nesta fase inicial de desenvolvimento do projeto, o investimento da empresa está limitado a R$ 7 milhões, sendo que o foco da EDP está associado somente à geração de energia elétrica.

Fonte:

Da Agência

UE dá mais um passo para regular uso de biocombustíveis

04/09/08 - Os 27 Estados-membros da UE estabeleceram as linhas gerais que demarcarão, no futuro, o uso dos biocombustíveis, que seriam responsáveis, de acordo com alguns especialistas, pelo aumento dos preços dos alimentos, declarou uma fonte européia nesta quinta-feira.

Essa fonte se referiu ao "acordo dos 27 sobre as grandes questões" que estavam pendentes para definir as medidas de precaução que permitirão à União Européia produzir e importar biocombustíveis "sustentáveis".

Os Estados-membros querem ir além da Comissão Européia, que defende a adoção dos biocombustíveis, aos quais atribui uma redução de 35% nas emissões de gases causadores do efeito estufa, em comparação com os combustíveis tradicionais.

Embora os 27 mantenham esse teto de eficácia para a entrada em vigor dessas medidas, previstas para 2010, prevêem aumentá-lo em até 50%, a partir de 2017.

A Comissão Européia também avaliará, a cada dois anos, o impacto dos biocombustíveis, com o objetivo de assegurar que não repercutirão de forma nefasta nos preços dos alimentos, entre outras medidas.

Fonte:

quinta-feira, setembro 04, 2008

IBI anuncia investimento em fábrica de glicerina no Brasil

A Integrated Biodiesel Industries, Ltd. (IBI) anuncia hoje investimento de $300.000 como parte de capitalização de $1 milhão em fábrica de processamento de glicerina no Brasil. A fábrica fica na cidade de Jaú, 250 km a oeste de São Paulo.

As instalações ocupam o lugar de uma antiga empresa química, com diversos equipamentos no local que estão sendo atualizados pela IBI para processar glicerina, principalmente como subproduto do biodiesel. O plano da IBI é agregar valor a uma commodity cujo suprimento aumenta com a crescente produção mundial de biodiesel por meio de mais processamento.

A fábrica produzirá glicerina destilada para cosméticos e tintas e carbonato de glicerina, um solvente renovável. O carbonato de glicerina (ou carbonato de glicerol) é uma especialidade química para diversos fins, como solvente para tintas de impressão e cosméticos, ingrediente na fabricação de resina e base para sabores e aromas. Ele poderá substituir solventes tradicionais perigosos que emitem compostos orgânicos voláteis (VOC) ou propileno glicol em algumas fórmulas de produtos para cuidados pessoais.

Fonte: Integrated Biodiesel Industries, Ltd

quarta-feira, setembro 03, 2008

Maranhão tem potencial para a exportação de agroenergia

02/09/2008 - Criador do Programa Nacional do Álcool (Proálcool) na década de 1970, o professor João Bautista Vidal, afirmou, ontem, que o Maranhão reúne potencial para se tornar um grande produtor de etanol, como também de biodiesel, inclusive exportador de energias líquidas.

Veja a Matéria aqui

Fonte: PROTEFER

segunda-feira, setembro 01, 2008

Biocombustíveis fazem preço da terra sobir 2.000%

Os investimentos que o governo brasileiro têm feito para intensificar a produção de biocombustíveis no País fizeram com que o valor das terras agrícolas no semi-árido baiano tivesse uma alta de 2.000% em dois anos.

De acordo com corretores de imóveis rurais, o aumento é conseqüência do crescente interesse de empresários do agronegócio pelas propriedades da região, que estão entre as mais indicadas da Bahia para o cultivo de oleaginosas, que servem de matéria-prima para o biodiesel. “Por estarem na caatinga, essas terras sempre tiveram valor muito baixo, mas a possibilidade de se tornar fornecedor de insumos para as usinas tem atraído muitos investidores, valorizando a área. Há 12 meses, eu vendia um hectare por cerca de R$ 50. Hoje, existem locais em que a mesma porção de terra não sai por menos de R$ 1 mil”, afirmou o corretor Guilherme Braga Filho.

Ele conta ainda que a maioria dos interessados não pretende investir em mamona, planta típica da região, preferindo apostar no pinhão manso devido à divulgação feita, em março deste ano, pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) de que não é possível fabricar biodiesel apenas com a mamona devido à alta viscosidade do vegetal.

Especulação

A situação ameaça os planos do governo em utilizar a produção de mamoneiras para alavancar a agricultura familiar. “Inclusive, alguns pequenos agricultores estão vendendo suas propriedades para grandes empreendedores”, revelou Braga Filho, destacando que muitos empresários estão praticando especulação imobiliária, comprando imóveis para vendê-los no futuro. “Todos acreditam que o processo de valorização da área vai continuar”, afirmou o corretor, destacando que “a demanda é tanta que está faltando terra para vender”.

A Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado (Seagri) reconhece o problema, mas assegura que o foco do programa de biodiesel continuará sendo a agricultura familiar. “Entretanto, a produção de mamona na Bahia ainda é insuficiente para atender às quatro usinas já instaladas no Estado; mesmo assim, os usineiros terão que manter contrato com os pequenos agricultores”, ressaltou o secretário Geraldo Simões.

Etanol

A falta de terras para comercialização também afeta os investidores interessados em entrar na cadeia produtiva do etanol (álcool combustível). “Na Bahia, há pouca disponibilidade de áreas livres acima de 40 mil hectares, principal alvo dos empresários, ainda mais dos estrangeiros”, afirmou o consultor João Maurício Velloso. “Para atender aos compradores, tenho que ir aos Estados do Maranhão, Piauí e Tocantins”, disse.

“A Bahia possui 870 mil hectares zoneados para o investimento em de cana-de-açúcar, sendo que somente o oeste e o extremo sul somam 600 mil hectares”, salientou Simões. “O problema é que essas áreas já estão praticamente tomadas pela produção de soja, algodão e eucalipto”, rebateu Velloso, lembrando que o preço das terras nessas regiões ainda não sofreu impacto com os biocombustíveis porque já têm altos preços decorrentes das outras culturas, “mas, diante da escassez de imóveis, os valores podem aumentar”.

Estrangeiros – Uma preocupação da Seagri tem sido o fato de empresários de outros países estarem comprando cada vez mais terras na Bahia. “Precisamos nos articular com o governo federal para rever a legislação sobre a questão e garantir a soberania nacional”, disse Simões.
Dados de 2007 do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) indicam que apenas 0,9% das terras agrícolas da Bahia pertenciam a estrangeiros, mas a assessoria do órgão admite que os números não correspondem à realidade, já que muitos empresários brasileiros são usados como “laranja”, ou seja, compram imóveis em nome de grupos internacionais que não querem divulgar seus negócios no País.


Leonardo Leão, do A Tarde