terça-feira, novembro 04, 2008

Conferência sobre biocombustíveis reunirá 40 países em São Paulo

Delegados de pelo menos 40 países participarão da Conferência Internacional sobre Biocombustíveis de 17 ao 21 de novembro em São Paulo, informaram fontes oficiais.

A reunião foi uma iniciativa do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, para "se desmistificar" a crença que o etanol era "o carrasco do mundo", assinalou hoje o secretário de Energia e Alta Tecnologia da Chancelaria brasileira, André Amado.

"Houve muitas distorções respeito do etanol feito com cana-de-açúcar. A verdade é que não sei quem pintou de carrasco o etanol brasileiro, se a indústria petrolífera ou a indústria alimentícia. O etanol não tem aspectos negativos", afirmou Amado em entrevista coletiva a correspondentes estrangeiros em São Paulo.

Os participantes discutirão assuntos como biocombustíveis e segurança energética, o papel deste combustível como elemento sustentável e inovador e sua relação com a mudança climática, entre outros.

Amado, que será o secretário-geral da Conferência, indicou que 40 países confirmaram o envio de delegações à reunião em São Paulo, mas se absteve de assinalar a categoria que presidirão.

Sobre a possível participação na reunião do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush; de sua colega filipina, Gloria Macapagal Arroyo, e do primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, Amado assinalou que ainda é "incerta".

Nas últimas semanas a imprensa brasileira ventilou a possibilidade de que Bush participe da reunião sobre biocombustíveis antes de juntar-se à cúpula da Apec que será realizada no próximo mês na caítal peruana Lima, mas nenhuma instância oficial confirmou essa possibilidade.

Amado ressaltou que "os biocombustíveis são a fonte alternativa de energia ´mais limpa´ do mundo" e que por essa razão "devemos discutir o etanol como uma nova alavanca para o desenvolvimento".

Acrescentou que o etanol "é a matriz energética mais barata que existe" e por isso seria uma alternativa para muitos países pobres.

"O Brasil não faz a conferência para exportar etanol, mas para exportar a idéia e nosso compromisso é compartilhar o que sabemos sobre biocombustíveis", ressaltou.

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