segunda-feira, abril 12, 2010

Embrapa produz biocombustível de arroz (briquetes)e arroz

BRASÍLIA – A fabricação de briquetes, biocombustíveis sólidos feitos a partir de resíduos ou subprodutos agrícolas, florestais ou industriais, poderá ser vista ao vivo pelos visitantes do TecnoShow Comigo 2010, a Grande Feira de Tecnologia Rural do Centro-Oeste. A feira acontecerá de 13 a 17 de abril, na cidade de Rio Verde (GO). Os briquetes, fabricados com palha de arroz, serão mostrados num estande da Embrapa Agroenergia.

De acordo com a Embrapa Agroenergia, os briquetes podem ser produzidos com qualquer biomassa vegetal. A matéria-prima é processada por uma briquetadeira, máquina com capacidade para transformar entre 50 e 1000 kg/h de resíduos, explica o pesquisador da Embrapa, José Dilcio Rocha. Ele vai apresentar a tecnologia durante o TecnoShow Comigo 2010.

A briquetadeira é um a invenção da empresa Bioware, de Campinhas (SP). E funciona de forma simples. Os resíduos são colocados no compartimento chamado silo de armazenagem. Em seguida, o material é conduzido para a caixa extrusora, que retira a umidade, e depois para a matriz aquecida. “A matriz que dá a forma e o tamanho do briquete que será usado como lenha”, explica Dilcio. Esses materiais são produzidos sem adição de produtos químicos ou adesivos e podem ter comprimento de 50 cm a 2 metros.

A característica principal dos briquetes é ter volume menor do que os resíduos originais, com o mesmo poder calorífico, o que favorece o manuseio e barateia o transporte. “Os briquetes podem ser vendidos para a indústria cerâmica, gesseira, laticínios, ou seja, a todo tipo de indústria que usa caldeiras”, explica Dilcio Rocha. Eles podem ainda ser usados em pizzarias, padarias, lareiras. De acordo com o pesquisador, a briquetadeira é apropriada para cooperativa ou associação de produtores.

Economia e rentabilidade no campo

Os briquetes de resíduos agrícolas, florestais ou industriais podem ser utilizados para queima em fornos, caldeiras e outros equipamentos, em substituição a lenha ou carvão vegetal ou mineral. O biocombustível substitui a lenha na sua totalidade, sem a necessidade de qualquer modificação nos equipamentos. Propicia assim economia, comodidade, rentabilidade e a garantia no fornecimento. “Esse aproveitamento ajuda na renda do pequeno produtor, além de evitar que este material seja queimado a céu aberto, causando danos ao meio ambiente”, enfatiza.

Além da casca de arroz, os briquetes podem ser produzidos com o bagaço e palha de cana-de-açúcar, bagaço de laranja, serragem e aparas de madeira obtidas em serrarias ou em fazendas de exploração florestal, cascas de coco, de babaçu, de macaúba, de pinhão manso, folhagens, resíduos orgânicos de filtração. Também podem ser utilizados troncos finos que não são aproveitáveis para a confecção de móveis ou tábuas.

Para saber mais sobre o Tecnohow Comigo 2010, clique na figura abaixo.




Fonte:

segunda-feira, abril 05, 2010

O caça “Green Hornet” da U.S. Navy

A U.S. Navy (a Marinha dos EUA) demonstrará o ‘Green Hornet,’ um F/A-18F Super Hornet movido com uma mistura de 50/50 de biocombustível (HRJ – Hydrotreated Renewable Jet e combustível JP-8), no Dia da Terra, 22 de abril, na Estação Naval de Patuxent River, Maryland, como parte de sua Estratégia Energética.

O Presidente do Estados Unidos Barack Obama esteve ontem reunido na Base Conjunta de Andrews, em Maryland, para anunciar medidas adicionais para reforçar a produção de energia nacional.


O caça F/A-18F "Green Hornet", da U.S. Navy, que fará um voo com biocombustível no dia 22 de abril


Como parte do plano nacional o Departamento de Defesa está estudando combustíveis alternativos, e o Green Hornet foi o resultado de pesquisas da Marinha dos EUA.

A mistura de biocombustível que será usado no “Green Hornet” é derivado da planta camelina, a qual cresce nos EUA, é renovável, e não é fonte de alimento. O objetivo do programa de testes com biocombustível da Marinha é de confirmar que não existe diferença em desempenho entre a mistura de biocombustível derivado da planta camelina e um combustível padrão JP-5 derivado do petróleo. A objetivo final é desenvolver protocolos para certificar os combustíveis alternativos para uso nos sistemas Táticos Navais.

Se o teste for um sucesso, ele será o primeiro caça a atingir velocidade supersônica usando biocombustível.

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